dimarts, 24 de maig del 2011

Democracia em construção


Ontem foi uma segunda-feira atípica em Barcelona. Ao menos, para os manifestantes que se mantiveram acampados na Praça Catalunya, sem se importar com as obrigações empurradas com o início de cada semana.
Também adotei a quebra da monotonia diária e passei tarde e noite observando a movimentação que ainda persistia no local dos protestos contra a política socioeconômica dos países europeus diante da crise financeira. Porém, aquele cenário composto por tendas onde funcionam comissões de trabalho e alojamentos improvisados se, para muitos, poderia parecer uma situação compatível com uma greve, para outros, convertia-se em só mais uma oportunidade de trabalho.
Foi o que pude observar em minha chegada à praça, por volta das 16h00. O lugar estava limpo, organizado, com quantidade de pessoas inferior à observada no dia anterior que, por ter sido fim de semana, havia se convertido numa grande festa. Muitos agora estavam ali só de passagem, mas outros tantos também já se preparavam para reunir-se em grupos de discussão de ideias e propostas programadas para o fim da tarde.

No entanto, o que mais me chamou a atenção de início foi a presença de uma banca no centro da praça, que vendia água, salgadinhos e refrigerante. Aquele elemento dava à mobilização certo ar de feira, e essa impressão era alimentada pela passagem de ambulantes, aqui conhecidos como “Paqui”, por serem a maioria originários do Paquistão. Eles vendiam bocadillos, cerveja e coca-cola, e não transpareciam compartilhar com os demais tantas esperanças.

“Hoje já se esperava que haveria menos movimentação porque muitos têm que voltar ao trabalho”, disse Raul, um dos colaboradores com a Comissão Internacional, responsável por traduzir a carta de princípios do movimento a outras línguas e também estabelecer contato com a imprensa mundial. Ele, por sorte, havia sido liberado do estágio numa ONG para desenvolver as atividades em favor da manifestação, mas deixou claro estar bem consciente de que parte da sociedade ainda está ausente dos acontecimentos da praça. E isso se revelou no fato de muitos terem votado no domingo a favor de candidatos de direita aos governos municipais e autônomos.
Por isso, na opinião dele, ainda que os resultados das eleições sejam questionáveis enquanto representação da opinião pública, tampouco essa realidade justifica o pedido de que a votação seja considerada inválida por pessoas que se recusaram a ir às urnas.

Assim, o sentimento de todos os indignados ainda ativos nas funções desenvolvidas com o objetivo de manter o movimento, é o de trabalhar e resistir, ainda que os rumos das ações sejam os mais incertos. E essa falta de visão clara do futuro pode, inclusive, acirrar-se nos próximos dias, já que o vencedor das eleições municipais de Barcelona, Xavier Trias, do partido CiU, de direita, já ofereceu apoio ao atual prefeito, Jordi Hereu (do PSC, partido socialista), para que, antes de sua posse prevista para o dia 11 de junho, seja dissolvido o acampamento da Praça Catalunya (informação do jornal El Periódico publicada ontem, segunda-feira).

O novo governante de Barcelona teria dito que seu partido tentará estabelecer contato com os acampados, “mas toda negociação será difícil, por se tratar de um movimiento espontâneo, em que não se sabe quem manda ali”. E, de fato, a intenção do movimento, muito interessante por sinal, é não ter líderes, ambora isso implique em maior dificuldade para a definição de um  plano de ação consensuado. As pessoas estão de acordo sobre o que não querem (a retalhada dos direitos sociais, a falta de participação popular nas decisões políticas e a sobreposição dos interesses de grupos económicos e bancos ao bem público), mas, no momento de propor soluções, esbarram em discordâncias internas que são a maior riqueza do proceso, mas estão longe de repercutir em reivindicações sociais claras, consideradas a única finalidade de uma revolta social pelos mais práticos.

Ainda assim, a partir das 19h00, diversos debates foram reorganizados com o objetivo de pensar em maneiras concretas de transformar o modelo atual de sociedade. Os temas eram os mais variados: economia, cultura, educação, diversidade funcional (a favor da maior adaptação dos espaços públicos às pessoas com necessidades especiais), feminismo indignado, auto-organização, e até mesmo habitação.
Dentro do grupo que discutia esse último tema, havia uma ampla maioria favorável às chamadas “ocupas”, tomada de prédios públicos ou privados, que estejam subutilizados, pelo povo, como forma de combater a especulação imobiliária e garantir moradia digna a quem necessita. No entanto, as ideias ali lançadas se dividiam entre a defesa de medidas mais drásticas como a ocupação de prédios sob o poder de empresas imobiliárias especuladoras, e a opinião de que as “ocupas” são medidas selvagens, a serem adotadas somente em último caso. Chegou-se até a levantar a hipótese de que seja reivindicada uma lei para regulamentar a ocupação de imóveis inabitados, proposta que faria rir qualquer dos anarquistas afastados dessa discussão, que divulgavam sua maneira de pensar em outra tenda.
Logo ao lado, uma outra roda se formou para um debate mais genérico sobre política. A maioria dos participantes era jovem de até 30 anos, ou de idade já superior aos 60. Todos defendiam a manutenção do uso de todas as praças da cidade como espaço de discussão pública e livre realização de atividades. “Não temos que pedir permissão para estar aqui, num espaço que é público, refletindo sobre um mundo melhor. Também dizem que estamos destruindo a praça com a nossa horta. Mas, essa ação foi discutida aqui entre todos. E se o povo quer ter batatas nos canteiros ao invés de rosas, é ele quem decide”, disse o jovem que moderava a conversa.
A fala foi ovacionada, assim como o comentário de um imigrante africano, a favor de que a FIFA seja pressionada a exigir de todos os países que erradiquem sua pobreza como condição para que possam sediar jogos mundiais. Ao final dos debates sobre assuntos específicos, de novo, teve início o panelaço habitual marcado para as 21h00.
Enquanto o povo posava para fotos portando cartazes onde se lia “Seguimos aqui”, um telão projetava vídeos com mensagens contra o imperialismo norte-americano e as empresas promotoras da insegurança alimentar, a partir da venda de agrotóxicos e produtos transgênicos.
Em seguida, pouco antes da assembleia geral, anunciaram que o filho de Bob Marley estava ali para tocar em apoio à manifestação. Depois de apresentar três músicas do saudoso Bob acompanhadas com entusiasmo pelo público (“Get up, stand up” era ouvida em coro), o artista foi substituído pelos indignados que pediam a palavra.
O coordenador da grande assembleia, que reuniu, de novo, centenas de pessoas, pedia que o espaço fosse usado para o compartilhamento de propostas concretas, mas, dentre as participações, houve de tudo: desde reclamação do consumo de cigarro, maconha e cerveja pelos manifestantes, até um aspirante a artista que cantou, ao invés de falar, mas foi vaiado.
Porém, dali saíram também comentários interessantes, como a necessidade de que a praça seja vista como meio, e não como fim da atual busca por revolução. “Precisamos agir para além desse espaço. O acampamento é provisório, e temos que levar tudo o que construímos aqui a outros lugares”.
Em seguida, uma garota toma o microfone para avisar que os jovens do País Vasco haviam se somado às manifestações. A notícia foi aplaudida e, a mim, causou comoção diante do sinal de que a vontade de transformar está rompendo antigas visões separatistas. E esse sentimento também ultrapassa fronteiras. Um grupo de jovens paulistanos organiza uma manifestação de solidariedade aos protestos espanhóis no Vão do Masp, marcada para a próxima sexta-feira. Há também mobilizações acontecendo em Nova Iorque, Nottingham, Lisboa, Padova, Turin, Coimbra, Porto, Toulouse, Montpellier, Perpignan, Bruxelas, Berlin, Buenos Aires, Dublin, Florência, Londres e Distrito Federal, no México. (na figura ao lado, a frase, que está em catalão, significa: "A cor das tachinhas não quer dizer nada, a cor da pele tampouco". O mapa, pregado na praça Catalunya, indica locais onde tem havido protestos populares).
Todas estas ações são representativas, mas talvez fossem mais revolucionárias, se combinadas com uma ação proposta por um dos manifestantes da Plaza Catalunya ontem, durante a assembleia geral: que todos tirem todo o dinheiro que têm depositado nos bancos espanhóis, no mesmo dia. Tal medida drástica, certamente, arrancaria do sistema parte do seu poder imaginário. É esperar para ver se os protagonistas da primavera espanhola estão mesmo dispostos a se despir das próprias ilusões.    

Fabíola Munhoz

dijous, 19 de maig del 2011

Leer y escribir

Eduardo Mendoza

El escritor español Eduardo Mendoza estuvo presente en el I Congreso Internacional de Comunicación y Educación, hablando con el público sobre lectura, escritura y literatura. Parafraseando o reinterpretando sus palabras he aquí lo que aprendí.

Leer es una forma de estar en el mundo. Es un deleite reservado para el tiempo de ocio y alejado del entretenimiento y la academia. Leer es un ejercicio complejo que desarrolla las capacidades cognitivas y un medio fantástico que nos permite integrar los conocimientos en forma de relato.

El escritor continúa diciendo que los conocimientos se pueden adquirir de muchas maneras pero que para dar sentido y continuidad a lo aprendido se necesita la literatura pues ella da un hilo conductor a los conocimientos y hace que estos trasciendan en el tiempo. Por ello, escribir es un artificio, unas técnicas de argumentación que llaman la atención y que tienen la capacidad de integrar los conocimientos y hacerlos parte de nuestra realidad y que por eso, a veces se confunde con simple entretenimiento.

Es así que él considera que la literatura es un relato integrador de nuestras experiencias, y que por ello es importante al leer, saber que lo que leemos son relatos de alguien que se lo ha imaginado, alguien que ha reunido varias experiencias y ha querido darle continuidad a esas historias. 

Considera que la literatura no debe ser tratada como tarea pero tampoco como producto de entretención pues estos son criterios irrelevantes. Para él, la literatura no es un libro, son todos los libros y es por ello que el mercado no afecta a la literatura, afecta a las personas en términos económicos, pero esto no quiere decir que la literatura haya llegado a su fin, porque está presente en todos, se adquiere la capacidad del relato de la misma manera que el lenguaje. Así que sí hay que estimular la lectura en los niños, iniciando el proceso en casa y acompañándolo durante la escuela. Se debe exigir disciplina en la lectura pero no confundirla con represión.
 
En cuanto a su profesión como escritor contesta: “Descubrí que ya lo tenía. La facultad de expresar un imaginario. Nunca pensé ganarme la vida escribiendo. Tuve fortuna. No fue un acto milagroso, estaba en mí.”


Luna Enciso

dimarts, 10 de maig del 2011

Kielimuuri on haaste kommunikoinnille


A common language is the base for communication. Without right words it is not easy to express feelings and sensations or know what someone feels like. During the first day of Youth, Communication and Future have I noticed it very clear because I don´t speak Spanish and only few here speak English.

When there is no common language, everything happens slower: things have to be said many times and they still are being misunderstood or not understood at all, one doesn´t get to know what to do, when and how, and when it´s about communicating, the problem is not just one´s of us. Media is teamwork, there is always somebody waiting for another just to get pictures or an article. That´s why we have deadlines but if we don´t have a common language, the deadlines are useless. Language barrier is also a barrier to learning.

The modern technology has not made the world smaller but it sure has taken us closer to each other. Via internet we can communicate with people in the other side of the world online, we get news from Hong Kong, New York and London in a blink of an eye and it all is not only a blessing. It´s a challenge. For us working in media that challenge means more work to be done faster and faster – before the competitors. People are no more hungry to know what happened in their neighborhood during the weekend, they want to get to know what has happened in global in last 5 minutes. And we are the people who are feeding them in their own language.

Language skills are never useless, it´s a huge step forward to have someone who can communicate not only with the people in the areas of one language because it´s a way to be faster and in advantage to the others. Today´s situation is not very bad and it´s getting better. Before the sun rises for the day when we all have a common language, probably English, we have to adapt to it. Luckily we have pictures, which say more than a thousand words.

Henri Mutanen

Inspiración para debutantes...


Cada uno de los creadores de este blog ya ha tendio experiencias con la web 2.0. No pretendemos crear falsas propuestas de refundar un espacio que se transforma cada segundo, sería absurdo. Lo que queremos es reflexionar alrededor de los temas universales que afectan a todos, desde la perspectiva comunicativa y tecnológica. La influencia de dichas perspectivas sobre los cambios sociopolíticos de las comunidades y los resultados del encuentro entre sociedades.
La mañana en que iniciamos este viaje exploratorio, fue una charla la que inspiró la idea de ser globales en nuestras aproximaciones, universales en nuestras propuestas y diversos en nuestras formas. Kirk Citron y su visión planetaria de una red de información que no identifique diferencias sino similitudes. En este blog no habrá fronteras de idiomas, visiones culturales y críticas.

Miguel Santacoloma

9 de mayo de 2011 - primer contacto entre los jóvenes

                                                 Video: Alodia Quesada

Jornadas Jóvenes, Comunicación y Futuro. Un Congreso realizado por la Universidad Autónoma de Barcelona, UAB, para abrir puertas de reflexión y debates entre jóvenes de Latinoamerica, Europa, Asia y África.

Tabi Souza

Inicio de la Jornada


El primer encuentro de jóvenes comunicadores en la UAB, fue la excusa ideal para iniciar una serie de reflexiones alrededor del que hacer del comunicador en la sociedad de la información. Para inaugurar el Congreso ¨Jornadas Jóvenes¨ estaban presentes: David Gutierréz – Consell Nacional de la Joventut de Catalunya, Santiago Tejedor – Vicedecano de Profesorado y Estudiante de la UAB, Samy Tayie – Mentor Association, Josep Maria Català – Decano Facultat UAB entre outros.

 
Garry James, Galton, és ex alumno de la Universitat y exponeu su experiencia aos demás. También comentou sus expectativas del Congreso ¨Como estudié aquí ellos me llamaran para participar del Congreso. És una buena oportunidad¨, dije ello.
Después de la presentación de la dinámica de trabajo los estudiantes fueran divididos en grupos para dar inicio a los talleres práticos de televisión, radio y prensa, de sus interés. Para finalizar el dia fueran abiertos dos espacios de debates. ¨El papel de los medios en los cambios sociopolíticos: una ciudadanía activa¨ y Comunicación, educación y la necesidad de una alfabetización mediática: Ética y calidad de los contenidos mediáticos¨, donde los participantes puderan exponer y compartir ideas, inquietudes y pensamientos.

Fotos: Mireia Sanz

Tabi Souza 

dilluns, 9 de maig del 2011

Debate: comunicación, educación y alfabetización mediática

¿Es más democrática la sociedad actual por el impacto de las tecnologías en la producción y consumo de noticias? ¿Qué estamos haciendo los jóvenes comunicadores por contribuir a cambiar los medios? Estas son algunas de las cuestiones que se plantearon en el debate sobre “comunicación, educación y alfabetización mediática” dentro de las Jornadas Jóvenes Comunicadores, este lunes 9 de mayo. 

Participaron en este Debate, estudiantes de comunicación de grado y posgrado, así como docentes de comunicación de Brasil, Chile, Argentina, Uruguay, Colombia, Venezuela, España, Finlandia y Escocia. El debate se centró, en la primera parte, en la cuestión de la participación ciudadana en los medios y luego en el impacto de las nuevas tecnologías en la producción, distribución y consumo de contenidos noticiosos.

En Finlandia se trabaja la temática de educación para los medios en la enseñanza básica desde hace muchos años, según relataron las asistentes al debate. A partir de la lectura y análisis de la prensa escrita en el aula, la lectura crítica de los medios es una materia habitual para los docentes y los jóvenes estudiantes en aquel país. Muy distinta es la situación en España y América Latina, donde encontramos iniciativas aisladas o discontinuas, pero no la proyección de políticas públicas en torno a la educación en medios.

Los docentes se enfrentan al doble desafío de incorporar las tecnologías en el aula y educar en el análisis crítico de contenidos, casi siempre sin formación previa sobre estas temáticas. El sistema educativo no es ajeno al impacto de la multiplicación de “emisores” a través de Internet (redes sociales, bloggers, canales online, etc.) y la convergencia digital, incluso en los contextos económicos más desfavorecidos.




¿Qué futuros nos imaginamos a partir de estas condiciones y cuál es el rol de los comunicadores en estos procesos de transformación? ¿Qué podemos hacer los jóvenes comunicadores, periodistas y educomunicadores para contribuir a la democratización de los medios y aprovechar la coyuntura de transformaciones que provoca el impacto de las TIC y la convergencia digital?

¿Qué piensas tú? Aquí mismo vamos a prolongar el debate.

Elisa Luaces